EDITORIAL
Raul Tavares
Diretor
Agora que o novo aeroporto do Montijo deu mais um passo de gigante, mesmo e, sobretudo, com as ressalvas produzidas pelo estudo de impacte ambiental, importa não deixar cair o investimento.
Já se disse quase tudo sobre os prós e os contras deste projeto, e já se sabe quais as divisões que o mesmo faz ressaltar no burgo partidário e junto dos especialistas. Mas a decisão tem um largo espetro político, já vem do tempo do último governo social-democrata e está ancorado nos governos de António Costa.
Julgo que o que agora há a fazer é mesmo isso: Não deixar cair o investimento, resolver as questões ambientais, minimizando os eventuais efeitos negativos, e aproveitar mais esta onda de desenvolvimento e progresso para a região.
Há muita coisa em jogo e este não é um investimento qualquer, porque é estrutural. E o distrito tem que deixar de ser, quase sempre, um palco adiado, porque a administração central o reconhece com a sua dimensão devida, mas não cumpre essa atenção na forma devida.
Pena que o distrito político não se tenha concertado para apoiar e receber este projeto. Mas é o que é. Porque valem todas as perspetivas. O que não se pode fazer é deixar que essas diferenças – embora de fundo – ajudem ou contribuam para mais ostracismos lançados sobre uma região com a nossa valia. Que venha o aeroporto e que se consiga dele tirar o máximo partido.