Já foi assinado, no dia 30 de outubro, o protocolo entre o município, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o Laboratório de Engenharia Civil para a criação de um Observatório de Avaliação de Riscos, muito específico para toda a zona costeira do concelho.
José Carlos Ferreira, investigador da FCT Nova e coordenador do projeto, explicou que vai ser “criado um grupo de trabalho que, através dos inúmeros estudos que já existem, ajudará a implementar as medidas necessárias para que a população residente em todo o litoral do concelho, seja ribeirinho ou costeiro, reduza o risco e seja mais resiliente”.
O investigador da FCT NOVA elogiou ainda o papel da CMA perante este desafio porque os autarcas perceberam “a necessidade que há de começar já a atuar” porque este é um território sinalizado, tendo em conta as alterações climáticas, “como o mais vulnerável, quando se fala em zonas costeiras”.
Na cobertura do Tryp Lisboa Caparica Mar Hotel, na Costa da Caparica, está já a funcionar uma câmara, no âmbito de um outro projeto que envolve a FCT NOVA, o LNEC e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que observa as ondas, permitindo obter informação, em tempo real, para que, num episódio de tempestade, prever até onde será o galgamento e a sua capacidade de destruição.
Na mesma ocasião, a vereadora Francisca Parreira afirmou que o município está “a trabalhar mais na área do planeamento e da prevenção”, face aos riscos existentes, acreditando que, “se nos prepararmos, teremos outra capacidade de reação de forma a salvaguardar as populações”.
A autarca lembrou ainda “que é importante que todos participem e contribuam para sermos uma comunidade mais resiliente, mais protegida e que se prepare para o futuro porque os riscos no concelho estão identificados”. AL