EXECUTIVO MUNICIPAL É UNÂNIME NA TOMADA DE POSIÇÃO

A tomada de posição da autarquia seixalense, em que se exige ao governo o cumprimento de uma promessa com mais de 20 anos, surge dias depois do secretário de Estado da Saúde ter admitido que o hospital do Seixal poderá estar a funcionar em 2023.

TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

 O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, apontava, na semana passada em declarações à Rádio Renascença, “o final de 2022, início de 2023 como a data de entrada em funcionamento do novo Hospital do Seixal”. Prazos e previsões “difíceis de aceitar” pelas 450 mil pessoas que esperam pela unidade de saúde há mais de 20 anos. 
Perante o encerramento da urgência pediátrica do hospital Garcia de Orta, em Almada, devido à falta de médicos da especialidade, as vozes de protesto, pela construção do hospital do Seixal, aumentaram de tom. População, comissões de utentes e autarquias locais estão unidas nesta exigência que, segundo o governante, é legitima. 
“A população tem razão em reivindicar o atraso na construção desta unidade, mas o processo está a seguir o andamento normal”, disse Francisco Ramos, acrescentando que “2020 será o ano de realização do projeto de arquitetura”. 
Para acelerar o processo, o executivo municipal da autarquia do Seixal aprovou, na última reunião de câmara, uma tomada de posição em que se exige o cumprimento imediato da promessa governativa. 
“Esta é uma reivindicação com quase duas décadas, cuja necessidade está tecnicamente fundamentada sendo visível o estado caótico atual e a incapacidade de o Estado garantir à população o acesso a cuidados de saúde condignos”, refere o presidente da autarquia, Joaquim Santos, em comunicado. 
O documento alude, também, à aprovação de uma resolução, por parte da Assembleia da República, que, em 2015 admitia ser “urgente a construção do hospital”, pela importância que este assumia, já na altura, na rede de cuidados públicos de saúde.
“Estamos perante um investimento que necessita de enquadramento orçamental, sem cativações ou outros mecanismos financeiros que, na prática, venham atrasar ainda mais a sua execução”, reforça Joaquim Santos para quem o governo, e em particular o senhor primeiro-ministro já indigitado, “tudo tem de fazer para que este processo não pare”.

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